100% reciclável, materia-prima de embalagens protege produtos e colabora para a redução de desperdício
Na construção de uma economia circular, modelo que prevê o retorno à cadeia produtiva de produtos e materiais por meio de um processo de recuperação e regeneração, o alumínio é um forte aliado. O metal, 100% reciclável, está presente em diversas embalagens, sendo o campeão de reaproveitamento de latinhas de alumínio para bebidas, que em até 60 dias são coletadas, recicladas e novas latas chegam aos pontos de venda.
O papel da embalagem numa economia sustentável vai além de sua capacidade de reciclagem, como ressalta Assunta Napolitano Camilo, diretora da FuturePack – Consultoria de Embalagens e do Instituto de Embalagens: “A embalagem protege o produto, o identifica. Pode comprometer a segurança e a qualidade se mal dimensionada. Uma boa embalagem aumenta a vida de prateleira (shelf life) do alimento. O papel da embalagem é proteger o produto com os recursos adequados, sem desperdício de material, e orientar o consumidor a separá-la para a reciclagem”.
“Além de 100% reciclável, embalagem
de alumínio aumenta a vida de prateleira do produto”
Portanto, a participação da embalagem no processo de economia circular vai desde o projeto , que deve priorizar o cumprimento de suas funções, como destaca Assunta Camilo, até a revalorização de seu material após o consumo.
“Ao escolhermos materiais que sejam possíveis retornar ou reciclar, estamos poupando recursos e minimizando os resíduos. A escolha tem que levar em consideração a barreira adequada para as condições desejadas para aquele produto”, afirma a diretora do Instituto de Embalagem, que cita a colaboração da folha de alumínio por agir como barreira à luz, à agua, a vapor, a gases.
No Brasil, segundo Assunta Camilo, falta educar o consumidor para que ele entenda a contribuição das embalagens para sua vida. “Na Alemanha e na Inglaterra, por exemplo, cresce a opção por embalagens que impactem menos na natureza. As embalagens informam até a pegada de carbono. Muitos optam por embalagens em um só material para ser mais fácil de reciclar ou as que façam parte de programas de logística reversa”, conclui.